Nov 29, 2021
DIÁLOGOS PROFANOS - JANAÍNA MACHADO & BIANCA LEITE
Janaína Machado é educadora , pesquisadora e poeta. Graduada em Letras-Português e Linguística pela Universidade de São Paulo-USP. Mestranda no Programa de Estudos Étnico e Africanos-Pós Afro pela Universidade Federal da Bahia-UFBA. coma pesquisa Radiografias epistêmicas: poéticas-políticas negras na Bienal de São Paulo. Atualmente atua como assessora do programa de mediação da Fundação Bienal. Desenvolve pesquisa e trabalhos de formação sobre a temática étnico-racial nos campos da mediação e da performance da negritude. Publicou artigos na Revista Correio das Artes sobre a performance Marca-dor de Stênio Soares: um corpo denúncia (2016), o artigo "Não somos fãs de canalhas": As poéticas políticas afrodiaspóricas na 34ª Bienal de São Paulo.(2021) na Revista CAOS-UFBP, o artigo A poética da aparição e cura: reflexões a partir da gramática negra corporal amplificada no Livro da ABRACE (2021), o artigo Ações Performáticas Negras: A Gramática Corporal Negra Contestatória como ferramenta contra-hegemônica na revista Rascunhos: Dossiê Poéticas Negra: Epistemologias, Diálogos e Escrituras pela EDUFU (2020) e os textos Pimenta é vida na Coletânea de Literatura Negra Feminina Louva Deusas e o texto "Moço" na 3ª Coletânea de Literatura e Arte Feminista Negra intitulada Erupções Feministas Negras. Coordenou campanhas e projetos culturais relacionados à diáspora africana e à Cultura Hip-Hop ( WAPI Brasil- Palavras e Imagens, o projeto Escola de Hip-Hop Itinerante e o projeto Hip-hop & Bandas- Conexões Rap.
Bianca Leite nasceu em 1985 em São Paulo, onde vive e trabalha. Leite é artista visual, educadora e pesquisadora lésbica e negra. Ao longo de dez anos, a produção da artista busca investigar o conceito de gênero a partir de reflexões ligadas à sexualidade da mulher. Em sua prática, Leite afirma sua identidade negra, que se materializa em forma de autorretratos, desenhos, pinturas abstratas, esculturas e instalações, onde é possível encontrar referências às culturas afro-diaspóricas. As duas vertentes, amparadas por uma constante pesquisa em torno de teorias do feminismo negro, encontram-se dentro da obra de Leite de forma necessariamente interseccional.
Entres as exposições das quais participou estão as coletivas "Tensões contidas", na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (São Paulo, 2018); "Diálogos e transgressões", no Sesc Santo Amaro (São Paulo, 2017); "Entre o que nos forma e nos formata", no Centro Cultural da Penha (São Paulo, 2015); e "Sou uma mulher de tijolos à vista", no Condomínio Cultural (São Paulo, 2015).
Desde 2020, Bianca Leite integra o Levante Nacional Trovoa - coletivo de curadoras e artistas racializadas. Em 2019, Leite torna-se artista residente no centro cultural independente Marieta, no centro de São Paulo.
Ilustração por Carol Shimeji